segunda-feira, 25 de abril de 2011

E a caixinha?

Por esses dias precisei fazer uso dos serviços da minha seguradora para consertar a lavadora de roupas. O técnico enviado para executar o serviço mostrou-se exageradamente simpático, o que já me causou estranheza (tenho o hábito de desconfiar desses profissionais “faladores”, “risonhos”, “super-simpáticos” - preciso corrigir esse preconceito).
Para fazer jus ao caráter brincalhão, o tal técnico logo disparou uma piadinha sobre o preço da peça a ser substituída: 
- Vai custar quase o preço da máquina! Kkkkk. Na verdade, a peça iria custar R$ 35,00. 
Logo em seguida, pediu um copo de água e se ofereceu para subir a escada que dava para a cozinha. Ao subir, não perdeu a oportunidade de elogiar a escada (a primeira escada caracol que ele aprovava! Isso sem falar do meu carro, do qual ele disse: - Esse é muito bom viu!). 
Enquanto eu pegava a água, confirmei com ele o valor da peça: 
- São R$ 35,00 né? 
Ao que ele respondeu: 
- Isso, fora a feijoada, é claro!
Caramba! Podem até me chamar de pão-duro, mas eu sou totalmente avesso à prática da cobrança de “caixinha”, principalmente quando quem cobra já está sendo remunerado pelo serviço. Para mim, a gorjeta deve ser um ato voluntário de alguém que, satisfeito com o serviço prestado, opta em recompensar aquele que lhe conferiu um tratamento diferenciado.
Em outra situação, minha esposa ofereceu R$ 1,00 a um flanelinha por deixar o carro estacionado na rua por menos de 5 minutos e o mesmo recusou, afirmando que o valor a ser pago era de no mínimo R$ 2,00. Ora, faça-me o favor!
Na minha opinião (que não precisa ser a tua), a caixinha exaustivamente “cobrada” em todos os lugares que vamos é apenas um indício do nível de corrupção do nosso país, onde se cobra propina para se fazer quase tudo que, a bem da verdade, já está devidamente pago.
A esse respeito, já se manifestava o Profeta Miquéias, in Miq. 7:3

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