terça-feira, 7 de junho de 2011

Nós e os bancos

Já reparou naqueles comerciais de instituições financeiras onde elas se mostram como sendo as entidades mais bonzinhas do mundo, que têm o prazer de proporcionar a realização dos nossos mais variados sonhos, tais como casa própria, automóvel, faculdade, negócio próprio, viagens, etc, etc.? Os danados se apresentam como sendo a ponte para a concretização da nossa felicidade. Nesses comerciais, fazem questão de retratar famílias perfeitas, realizadas, saltitantes de alegria!
Da forma como colocam, parece que tudo se realiza de uma forma extremamente fácil, extremamente simples...
Inclusive, tem um comercial que está em cartaz que é uma belezinha, um espetáculo! De uma forma mágica, um terreno se transforma em uma casa, um carro aparece em uma garagem, livros universitários e equipamento de engenharia aparecem do nada nas mãos e ombros de um rapazinho que parece ser um office-boy.
Isso chega a me dar náuseas, pois, para mim, os bancos são o tipo de negócio que mais prejudicam, exploram e desrespeitam o povo, uma vez que, lastreados em uma legalidade que, a meu ver, é totalmente ilegítima e imoral, cobram pelos seus serviços (“a realização dos nossos sonhos”) taxas e juros astronômicos, que redundam em lucros bilionários anualmente divulgados nos meios de comunicação.
E, dessa forma, aquele que era o patrocinador de sonhos, passa a ser o responsável pelos piores pesadelos, pois o que vemos são pessoas perdendo casas, carros, móveis, cachorro, gato, tudo, por causa de uma dívida que, de R$ 1.000,00 passou para R$ 1.000.000,00.
É um absurdo existir o amparo da lei para taxas de juros de 15,00% a.m, no caso de cartões de créditos, e 10,00%, no caso de cheque especial. Isto dá um montante simples de 180% e 120% a.a., respectivamente. Isso sem falar das inúmeras taxas, comissões, etc.
Vai me dizer que isso não é usura???!!! Vai me dizer que isso não é agiotagem???!!!!
Então, senhores banqueiros, parem de fazer esses comerciais repugnantes! Não suporto tanta hipocrisia!
Um certo Juiz de Direito, em determinada audiência que compareci, expressou um pensamento que achei interessante, que era mais ou menos assim: “No mundo só existem duas coisas: nós e os bancos, e, infelizmente, eles sempre levam a melhor”. 
Trágico!
E, para meditar, vale conferir: Sl 15: 1,5; Ez 18: 1-5,8-13.    

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