sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Está escrito


"O que escrevi, escrevi" (João 19:22)
Essa frase se Pôncio Pilatos sempre me impressionou. Penso que foi o ato mais decente dele no episódio da crucificação de Jesus. Mesmo que sua intenção tenha sido falsa, pelo menos nesse caso ele não cedeu à pressão dos líderes religiosos judaicos e, sem perceber, insculpiu uma grande verdade a respeito do Mestre.
Eu sempre tento agir dessa forma, de modo a não apagar aquilo que um dia escrevi, seja de modo literal, verbal ou comportamental.
Não podemos dizer hoje que a política é uma sujeira da qual nunca participaremos e amanhã estarmos abraçados com ela em decorrência das “vantagens” que ela nos possa proporcionar.
Não podemos dizer hoje que amamos e amanhã que odiamos, pois o amor verdadeiro é incondicional e permanece intacto independentemente das atitudes da pessoa amada.
Mas isso é teoria... A prática se revela muito mais difícil.
Só acho que não devemos simplesmente ficar em cima do muro com medo de, mais tarde, pendermos para um lado que antes abominávamos – isso é covardia.
Precisamos, sim, criar coragem para falar aquilo que pensamos e defender aquilo em que acreditamos, mesmo sabendo que essa atitude não tem o poder de ser imutável.
Afinal, imutável somente Deus e sua Palavra (Malaquias 3:6; Mateus 24:35; Hebreus 13:8).

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