quinta-feira, 7 de julho de 2011

No limite da velocidade

Não sei como andam os demais Estados, mas aqui em são Paulo é impressioante a quantidade de detectores de velocidade nas vias principais, que possuem limites de velocidade baixíssimos, quase impraticáveis, causando um número avantajado de autuações, que engordam ainda mais os cofres públicos.
Enquanto isso, as pistas estão em situação cada vez mais caótica: buracos para todo lado, remendos mal feitos, sinalização deficiente... Tem uma rua da qual me utilizo regularmente que mais parece um maracujá velho, só falta soltar os parafusos do caro de tanta tremedeira. Uma lástima.
Já que a justificativa para a instalação dos malditos radares é a segurança, por que, ao invés disso, não melhoram as condições das vias públicas, cujas imperfeições são responsáveis por inúmeros acidentes e danos aos veículos?
Claro, a manutenção das vias causa gastos, enquanto que a instalação de radares promove o lucro!
Agora, o que me deixa nervoso é quando falamos em rodovias, principalmente quando alguém tece um comentário mais ou menos assim: “Em São Paulo há pedágios em quase todas as rodovias, mas também são rodovias muita boas. Aí compensa pagar pedágio”.
Ora, a carga tributária que suportamos já é mais do que suficiente para possuirmos estradas nas melhores condições possíveis. Já pago imposto quando compro o carro, quando abasteço, quando faço manutenção, quando contrato seguro, quando isso, quando aquilo. Isso sem falar no IPVA, Licenciamento e mais outras coisas que não me lembro no momento. Assim, o pedágio representa nada menos do que uma bi-tributação, para não falar outra palavra.
É triste saber que uma grande parte do fruto de nosso trabalho vai parar em bolsos alheios, sendo que o retorno disso é quase nulo.
Seria muito bom se aqueles que aplicam os recursos públicos em benefício próprio ou indevido tivesse um encontro à moda Zaqueu (Luc. 19). Só assim para haver uma mudança de direção.

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